Shazam! - Crítica

A PALAVRA MÁGICA É: SHAZAM C@RAI!


De bullying à família, o novo filme da DC nos cinemas utiliza do bom humor e da diversão mas não deixa suas mensagens de lado. Shazam! vem com um corpo de homem adulto e espírito de menino, seguindo os acertados filmes de heróis solos da DC. 

Warner Bros./Divulgação

Billy Batson é um típico “aborrescente” problemático que cresceu sem seus pais e acaba sendo adotado por uma família que costuma adotar crianças, mas que em poucos dias já encara um “problema”. O problema é que esse “problema” o torna super-poderoso e o garoto Batson precisa aprender a utilizar e lidar esses poderes, para isso conta com ajuda do seu novo amigo/irmão adotivo Freddy, que tem uma certa empolgação maior com tais poderes. Ao passo que um vilão surge, Billy precisa provar a si mesmo que pode sim ser um herói e salvar a sua, possível, única família. 

A palavra “problema” (já muito repetida aqui) cerca alguns personagens do filme inclusive: desde Billy, um garoto problemático, a Freddy, que tenta lidar com os problemas da vida sempre com bom humor, até mesmo a Dr. Silvana (Mark Strong) que tem como motivação um problema da infância. Tais problemas acabam se encontrando uma hora ou outra e dando unidade ao filme, engrandecendo-o. Claro que nem só de “problema” vive o filme Shazam, temos uma perfeita construção de herói, já que é uma criança aprendendo a lidar com poderes e fisionomia de adulto. Sem perder a pose, Zachary Levi entrega um personagem divertido e que vai conhecendo seus poderes à medida que seu personagem amadurece sem perder o carisma e sem precisar se mostrar como o mais poderoso a todo o momento. 

Mesmo ao abordar temas como adoção, o filme não se prende aos temas sérios que levanta e traz uma atmosfera completamente cômica. Diferente até do que o diretor do filme, David F. Sandberg, já havia trabalhado em seus filmes anteriores, tendo ele se consolidado no gênero terror. Não que Shazam seja um filme colorido, mas é um filme divertido e uma diversão que não incomoda ou não soa forçada. Esse é o ponto alto do filme. E sobre tratar de temas sérios com bom humor, Shazam ainda entrega más experiências como bullying de maneira encorajadora, tornando, de uma certa forma, as pessoas que sofrem bullying em heróis. Os “heróis da vida real”. O tema de adoção já citado também está diretamente ligado ao tema família, que nesse filme faz total sentido (aprende Velozes e Furiosos) e condiz com esses personagens que estavam sem pais e agora encontraram um lar, encontraram pais, encontraram irmãos. 

O vilão tem seus traumas, assim como o herói. Ambos lidam de maneiras diferentes e a diferença entre Billy e Silvana é que Billy teve o fator família, que pesou e o revelou como um herói. E sobre a família de Billy, os irmãos carismáticos tomam conta da tela, principalmente Freddy (Jack Dylan Grazer) e Darla (Faithe Herman). Seus momentos em tela além de carismáticos são bastante cômicos e chamam muito a atenção. São também tocantes em determinados momentos, um bom balanço. 

Não que Shazam seja o maior filme da DC dessa nova leva, até porque o filme nem tem essa pretensão, mas o fator diversão pesa nessas horas e faz de Shazam um bom filme. Principalmente por se tratar de filme de origem, Shazam não arrisca muito e ainda assim entrega um produto leve de se assistir e que empolga. Um filme família. Tendo isso em vista, nota 8,0 e SHAZAM C@RAI! (Adoro falar isso).


(Por Kauan Oliveira)

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