Mulher Maravilha: Conheça os 10 vilões mais antigos da personagem
A Mulher Maravilha é uma personagem criada pelo psicólogo William Moulton Marston e pelo ilustrador Harry G. Peter para a edição #8 da revista All-Star Comics, de janeiro de 1942. Ao longo dos anos, a princesa Diana enfrentou diversos desafios, com muitos vilões incluído neles. No entanto, diferente dos vilões antigos do Batman ou do Homem-Aranha que são usados até hoje por exemplo, muitos desses vilões da Mulher Maravilha simplesmente desapareceram da continuidade da DC com o tempo. Alguns só duraram duas ou três edições para nunca mais voltarem, enquanto outros foram substituídos. A verdade é que muitos desses vilões só faziam sentido para a época em que eles foram criados, e por isso foram devidamente descartados para os dias atuais.
Mesmo assim, que tal relembrar ou conhecer os dez primeiros vilões da Mulher Maravilha? Lembrando que nessa lista só consideraremos vilões que apareceram em duas ou mais edições.
Confira a lista abaixo:
10 – Saturnianos: Imperador de Saturno, Mephisto Saturno, Saturnette e Eviless (setembro de 1944)
Os saturnianos são uma raça de seres humanoides do planeta Saturno que estreou em Action Comics #16, em setembro de 1939. Mas que se expandiu para outras revistas da DC Comics com o passar do tempo.
Em Wonder Woman #10, de setembro de 1944 – no auge da Segunda Guerra Mundial -, o Imperador de Saturno ordenou que Mephisto e as escravas Saturnette e Eviless espionassem a Terra e, além disso, abduzissem os humanos antes de finalmente invadi-la. A Mulher Maravilha soube dos planos dos saturnianos e os impediu. Por fim, derrotados, os saturnianos desistiram de seus planos de conquista e um acordo comercial foi feito entre a Terra e Saturno. Após isso, os personagens tiveram aparições raríssimas até finalmente desaparecerem das revistas da DC.
Décadas depois, o único personagem a retornar nas histórias atuais da editora foi a escrava Eviless (agora chamada de Saturna), em Wonder Woman: Steve Trevor Special #1, de 2017. Agora a personagem é uma miliciana, necromante e líder dos Homens Carmesim.
9 – Giganta (junho de 1944)
Em sua estreia na revista Wonder Woman #9, Giganta era uma macaca geneticamente alterada por um cientista louco, e transformada em uma meta-humana extremamente forte o suficiente para rivalizar com a princesa Diana.
Quando a DC reiniciou o seu universo em Crise nas Infinitas Terras, a história da Giganta alterou-se. Agora ela era uma cientista chamada Doris Zuel, que em uma tentativa de se salvar de uma doença rara em seu sangue, decidiu transferir a sua essência vital para o corpo da Mulher Maravilha. No entanto, a Garota-Maravilha impediu o seu plano. Posteriormente, o assistente de Zuel descobriu que a essência de sua chefe ainda estava armazenada na máquina de transferência. Sendo assim, aproveitou para usá-la em um dos animais de testes do laboratório: uma gorila chamada Giganta.
Agora em um corpo de uma gorila, Zuel decidiu transferir a sua mente para uma meta-humana circense chamada Olga. O procedimento funcionou e Zuel se tornou uma linda mulher forte, ruiva e com a capacidade de alterar o próprio tamanho (poder esse que pertencia a Olga). O destino de Olga (agora no corpo da gorila Giganta) é incerto.
Quando a DC decidiu mais uma vez reiniciar o seu universo em Flashpoint, a história de Zuel alterou-se novamente. Dessa forma, a história de macacos geneticamente alterados e roubo de corpos foram substituídos por uma simples história. A história de uma cientista brilhante que adquiriu os seus poderes ao tentar usar radiação para se curar de uma doença rara no sangue. Ah, ela também sofreu bullying na infância.
8 – Rainha Cléa (março de 1944)
Criada para a revista Wonder Woman #8, a Rainha Cléa foi uma monarca de uma antiga área do continente de Atlântida chamada Venturia. Sendo assim, ela escravizava os homens de seu reino e os colocava uns contra os outros em uma arena de gladiadores apenas para se entreter. O seu principal objetivo era de conquistar todos os reinos perdidos de Atlântida e para isso roubou o Tridente de Poseidon, tornando-se quase imbatível.
“Quase” pois quando a sua batalha foi levada para a superfície, ela foi impedida pela Mulher Maravilha (nos retcons posteriores foi estabelecido que quem a derrotou foi a Rainha Hipólita – que atuava como Mulher-Maravilha na década de 40).
Portanto, com a continuidade reiniciada devido aos eventos de Flashpoint, a personagem não teve uma versão repaginada após o evento. Uma pena, pois a Rainha Cléa é uma vilã com muito potencial, mas que quase sempre viveu no limbo editorial.
7 – Cheetah (setembro de 1943)
Cheetah é a arqui-inimiga da Mulher Maravilha que estreou em Wonder Woman #6, mas diferente de um Lex Luthor ou Coringa da vida, a identidade dessa vilã foi usada por diversos personagens ao longo do tempo.
A primeira a utilizar esse alter-ego foi Priscilla Rich, uma jovem atriz e socialite que tomou frente de diversos esforços de caridade durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, mesmo com toda a sua riqueza e fama, ela se sentia enciumada pela fama de heroína da Mulher Maravilha. Esse ressentimento foi tão longe ao ponto de Rich se transformar na super-vilã Cheetah para tentar dar um fim na amazona.
Com o tempo, a personagem foi substituída pela Cheetah mais conhecida: Barbara Minerva, que, inclusive, foi a sua assassina no Pós-Crise. Após isso, Rich nunca mais retornou para a continuidade da DC. Contudo, ela continuará sempre marcada como a antecessora e protótipo da grande nêmeses da amazona.
6 – Doutor Psycho (julho de 1943)
O pequeno e misógino Doutor Psycho é um vilão e cientista com poderes ocultistas e habilidades hipnóticas que estreou em Wonder Woman #5. No passado, ele fora casado com a sua colega de faculdade chamada Marva Jane Gray. No entanto, ela o traia constantemente com Ben Bradley, um estudante muito mais atlético e bonito que Psycho. Para cobrir a traição, Marva ao invés de pedir divórcio, ela (junto com Ben) preferiu acusar Psycho de um crime de roubo de mais de 120 mil dólares em elemento rádio do laboratório da faculdade. O caso foi adiante e Psycho foi considerado culpado e condenado a prisão.
Na prisão, quando Psycho descobriu que Marva e Ben se casaram, ele simplesmente enlouqueceu e passou a ter raiva de todas as mulheres do mundo. Tamanha psicose o fez confrontar algumas vezes a Mulher Maravilha.
No pós-Crise em diante, Psycho passou a ser chamado de Edgar Cizko e seus poderes foram alterados para a de um poderoso telepata controlador de mentes e criador de ilusões. Após os eventos de Flashpoint, a origem de Cizko foi alterada para ser a de um vidente vigarista que abusava de sua telepatia para roubar os dados pessoais de seus clientes. Nessa nova continuidade, ele estreou em um arco da revista do Superboy.
5 – Duque da Decepção, Conde da Conquista e Conde da Ganância (setembro de 1942).
O trio são servos fiéis de Marte que estrearam em Wonder Woman #2, trabalhando ativamente durante a Segunda Guerra Mundial e tendo os seus planos frustrados pela guerreira amazona. Nenhum deles teve tanta importância no cânone da Diana, e por isso, apareceram poucas vezes até serem eliminados da continuidade.
No entanto, vez ou outra eles aparecem ou são homenageados de alguma forma fora do Universo tradicional do momento.
4 – Marte (junho de 1942)
Marte é o deus da guerra da mitologia greco-romana que estreou em Wonder Woman #1. Juntamente com Cheetah (Minerva), Marte é considerado o vilão mais popular e, para muitos, o verdadeiro arqui-inimigo da princesa de Themyscira.
Sendo o representante da guerra e da violência, Marte trabalhou ativamente durante a Segunda Guerra Mundial. Ele tinha uma certa rivalidade com Afrodite, a deusa do amor e criadora das amazonas. Enfurecido que as mulheres guerreiras eram mais poderosas do que os seus homens, Marte usou Hércules para atacá-las e provar a sua rival de que os homens são mais fortes do que as mulheres. A partir daí foi o inicio da rivalidade das amazonas com Marte e Hércules.
A partir da Era de Prata, Marte passou a ser tratado com o seu homologo grego Ares. No pós-Crise, foi revelado que Marte e Ares eram duas figuras diferentes, pois, eras atrás, os olimpianos se separaram de seus homólogos romanos para poderem lidar melhor com os seus adoradores. Com o tempo, esses avatares romanos passaram a serem independentes de suas versões gregas. Essa história de separação possivelmente foi apagada da continuidade após os eventos de Flashpoint.
Na nova continuidade da DC, Ares é o meio-irmão de Diana, pois a mesma é filha de Zeus.
3 – Baronesa Paula von Gunther (abril de 1942)
Estreando em Sensation Comics #4, foi uma nobre austríaca de uma enorme riqueza. Quando o seu marido foi morto por não entregar as riquezas da família para os nazistas, Von Gunther decidiu trabalhar com eles para que os mesmos não fizessem mal a sua filha. Embora Von Gunther não fosse uma pessoa realmente má, isso não a impediu de ser a primeira vilã frequente da Mulher Maravilha. Porém, quando Diana resgatou a filha de Paula, Gerta von Gunther, a baronesa enfim pôde abandonar os nazistas para viver uma vida comum. Com o tempo, Paula von Gunther se mudou para Themyscira e lá se tornou uma cientista das amazonas.
Ela ficou um tempo fora da continuidade pós-Crise até que John Byrne retornasse brevemente com a personagem nos anos 90. Nessa reimaginação, Paula foi tratada como uma vilã nazista devota do ocultismo e que frequentemente enfrentou a Rainha Hipólita (na época em que atuava como Mulher Maravilha) durante a Segunda Guerra. Ela se tornou um recipiente do espírito maléfico Anjo Negro.
Na atual continuidade, Helen Paul é uma garota resgatada pela Mulher Maravilha e que fora adotada por um casal de ex-agentes da ARGUS. Como adulta, Helen se juntou a ARGUS e se tornou uma de suas melhores agentes. Com o tempo, o vilão Leviatã revelou para Helen que a mesma tem como ancestral Gudra, uma valquíria que tem um certo rancor das amazonas devido ao ataque das mesmas em uma missão de paz. Além disso, ele também revelou que o nome verdadeiro de Helen é Paula von Gunther e que seus pais biológicos (mortos durante o confronto com a ARGUS) eram membros dos Filhos da Liberdade, uma organização terrorista neonazista e ultranacionalista. Isso tudo e mais um pouco fez com que Helen retomasse ao seu nome original e passasse a usar o codinome Warmaster.
2 – Doutora Veneno (fevereiro de 1942)
Doutora Veneno foi a primeira grande vilã da Mulher Maravilha, aparecendo pela primeira vez em Sensation Comics #2. Nascida como uma princesa do Império do Japão, Maru tornou-se uma especialista em toxicologia. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela se disfarçou de homem e se tornou chefe da divisão de drogas e venenos dos nazistas. Seu objetivo era envenenar a água dos Aliados com Reverso, uma droga que faz o usuário fazer o oposto do que foi mandado. Esse plano foi frustrado por Diana (na continuidade pós-Crise, Hipólita). Na continuidade pós-Crise, Maru morreu ao ingerir acidentalmente o seu próprio veneno.
Na nova continuidade, Doutora Veneno passou a ser chamada de Marina Maru e a sua cidadania foi alterada para russa. No entanto, após as mudanças da realidade feitas em DC Rebirth, Maru foi recontada novamente para ser japonesa.
1 – Hércules (janeiro de 1942)
Sim, o grande herói da mitologia grega foi tecnicamente o primeiro vilão da Mulher Maravilha que estreou nos quadrinhos, em All-Star Comics #8. Como foi dito anteriormente, Hércules (a mando de Marte) invadiu a terra das amazonas e as enfrentou. Derrotado em um combate dificílimo por Hipólita, o filho de Zeus finge redenção e seduz a Rainha das Amazonas, que revela que só conseguiu vencer a batalha contra o semideus graças ao cinto que Afrodite a deu. Hércules então rouba o cinto de Hipólita e prepara uma segunda onda de ataque as amazonas, dessa vez com sucesso. Derrotada e acorrentada (e violada no pós-Crise), Hipólita implora por ajuda de Afrodite, que a responde. Hipólita então adquire forças para quebrar as correntes e enfim derrotar o homem mais poderoso da Grécia Antiga.
O “herói da humanidade” também já atuou como um vilão da Mulher Maravilha. Porém, arrependido por seus crimes, Hércules implorou por perdão as amazonas – principalmente por Hipólita. Com o tempo, o semideus passou a atuar como um herói que ajuda vez ou outra a filha da rainha de Themyscira.
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